quarta-feira, junho 29, 2011

Toyota Hilux aparece

Toyota
Hilux e SW4 receberão pequenas mudanças estéticas antes da nova geração, prevista para 2014

 reestilizada
Picape e utilitário recebem último retoque antes da estreia da nova geração, em 2014

Da Redação
A Toyota revelará essa semana no Salão do Automóvel da Austrália, em Melbourne, os modelos Hilux e SW4 redesenhados. De acordo com o Argentina Auto Blog, esta será a última reestilização da Hilux (a primeira foi em 2008) antes da estreia da nova geração, prevista para 2014. A ideia é manter os utilitários atualizados principalmente para a chegada das novas gerações de Chevrolet S10 e Ford Ranger, no ano que vem.

Apesar de a Toyota chamar a atualização de “Big Major Change” (maior mudança), tanto a Hilux quanto o utilitário esportivo SW4 exibem modificações tímidas. A maior delas fica concentrada na dianteira, que tem novos faróis e grade frontal, já com as barras horizontais arqueadas (que simulam um sorriso). Atrás, as lanternas aparecem encorpadas e com lentes translúcidas escurecidas. Os faróis também parecem usar molduras negras.

Toyota
Dianteira traz novos faróis e grade redesenhada, além de novo para-choque
Entre outras mudanças, capô e para-choque também terão novo desenho. Mas a maior modificação, ao menos para o mercado brasileiro, será a adoção da tecnologia flex no motor 2.7 16V a gasolina de 158 cavalos – não foram revelados dados técnicos até o momento. Na Argentina, onde é fabricada, a dupla Hilux/SW4 chega redesenhada às lojas em outubro. No Brasil, a estreia acontece na sequência. (com Carlos Cristófalo, do Argentina Auto Blog)

Beetle ganha personalização estilo Porsche

VW Vortex
Rodas e faixas laranjas não são mera coincidência: personalização é inspirada no Porsche 911 GT3 RS



Volkswagen  | 
Beetle ganha personalização estilo Porsche
Rodas aro 20 e adesivos são inspirados no 911 GT3 RS

Da redação
Quando as primeiras imagens do novo Volkswagen Beetle caíram na rede, logo vieram as comparações com os modelos da Porsche. A silhueta encorpada, a traseira pronunciada e o teto baixo, de fato, remetem aos carros da marca de Stuttgart. Pois a própria Porsche serviu de inspiração para o primeiro Beetle personalizado, em um projeto da norte-americana VW Vortex.

A referência para o modelo personalizado é a versão GT3 RS do 911. Basta ver a faixa inferior na lateral do Beetle, inclusive com a sigla RS. As rodas da marca VMR de aro 20 também lembram as peças usadas no superesportivo, calçadas com pneus Continental 245/35. Os freios agora são da Brembo, com discos de 14 polegadas e pinças de quatro pistões.

VW Vortex
O sistema de escape é novo, assim como a suspensão rebaixada. A preparação do motor não foi divulgada. O novo Beetle sairá de fábrica com opções de motor a gasolina e diesel, com potência que varia de 140 cv e 200 cv. O lançamento acontece em setembro nos Estados Unidos. O modelo deve ser importado para o Brasil somente em 2012.



VW Vortex

Por dentro do C3 Picasso


Ricardo Sant’Anna
Disposto a ser um carro familiar, o C3 Picasso deve tratar bem pai, mãe e filhos. Mas será que há espaço para toda a família e suas respectivas bugigangas nesse Citroën? Não se trata de um carro de muitos porta-trecos, mas os 12 espaços existentes são úteis. O número pode até soar alto, mas contei inclusive dois pequenos “buracos” ao lado dos botões dos vidros. Não é que são bons para colocar o celular?
Abaixo das saídas de ar, no centro do painel, há uma superfície emborrachada que segura carteira, celular e até o controle do portão de casa. Debaixo do acendedor de cigarro, no compartimento de superfície plástica cabe uma carteira, mas nem pense em jogar moedas ou objetos lisos, pois eles vão deslizar rapidamente. O melhor lugar para o troco é sob a alavanca do freio de mão, que atrapalha um pouco o acesso ao mesmo.
Mais atrás, um espaço com tampa permite esconder algo do tamanho de duas carteiras. Uma solução interessante chama atenção na lateral de porta. Há divisões que permitem colocar até três garrafas pet de 600 ml, sobrando espaço para um iPad, por exemplo. Refrigerado, o porta-luvas tem três divisões na tampa e um porta-copos.
Nem mesmo quando o C3 Picasso está cheio, o motorista é atrapalhado. O espaço é muito bom e as pernas ficam distantes tanto do volante quanto das laterais. E olha que tenho 1,85 m.
Quem vai atrás é ainda mais bem tratado. O espaço é bom para até três ocupantes, melhor ainda se um deles for baixinho e ficar com a vaga do meio. As duas pequenas bandejas não interferem no espaço quando abertas e ainda podem levar uma garrafa de água e um iPad. O desenho das portas não invade o espaço dos bancos, garantindo boa acomodação.
Por fim, resolvi saber, na prática, o que cabe no porta-malas de 396 litros do C3 Picasso. Consegui colocar uma mala grande, outras duas médias, uma mochila de costas e sobrou espaço. O motor beberrão e o câmbio são pontos fracos e incomodam muito no C3 Picasso que, em contrapartida, transporta muito bem seus ocupantes. Clique aqui para saber como funciona o sistema de som e aqui para saber mais sobre o GPS.

Manual, melhor que o automático


Hairton Ponciano Voz
Já disse aqui, há alguns dias, que gostei do C3 Picasso, apesar das ressalvas que fiz ao câmbio automático. Ao volante do modelo com câmbio manual, as coisas melhoram bem. Além de ser mais barato, o C3 Picasso manual oferece condução mais suave, livre dos trancos. Para começar, gostei desse azul. É elegante e faz o carro se destacar ainda mais no meio do trânsito.
Estranhei quando fui ao posto abastecer. Ainda havia uma barrinha no marcador de combustível digital, mas o carro aceitou 56,1 litros (nominalmente, o modelo tem tanque de 55 litros). É mais um daqueles casos em que o combustível provavelmente faz um longo caminho até o tanque, e por isso a gente consegue pôr mais combustível que a capacidade nominal do reservatório. O mesmo acontece também com Honda Fit e Renault Sandero.
Depois de deixar R$ 106,55 no posto (e isso porque eu enchi de etanol!), tomei o rumo de casa e comecei a perceber que consumo certamente não está entre os pontos fortes do modelo: o computador de bordo estava apontando média de 6,6 km/l, o que é considerado alto para um carro 1.6. Sem contar que dói gastar mais de R$ 100 e constatar que o “investimento” vai servir só para mais 300 km (sempre de acordo com o computador de bordo).
Não posso reclamar do desempenho. O C3 Picasso andou bem, mesmo no subidão que enfrento diariamente para voltar para casa. O escalonamento curto do câmbio dá boa agilidade ao carro, pelo menos na cidade, onde usei o veículo. O curso de alavanca da quarta para a quinta marcha é bem longo, mas isso não é um grande problema.
Meu filho, Guilherme, reclamou que estava indo de um lado para outro no banco de trás, numa sequência de curvas. Pedi desculpas para não me alongar muito na discussão, mas o certo é que a culpa nesse caso é da Citroën, não minha. Isso ocorre porque o C3 Picasso é um pouco alto, o que torna inevitável o balanço da carroceria em curvas. É a mesma razão pela qual um abalo sísmico é mais sentido em andares mais altos: pequenas mexidas no térreo tendem a se amplificar com a altura. Mas o C3 Picasso até que se comporta bem em curvas.
Gostei muito do volante reto na parte inferior. É um estilo nascido nas pistas, que combina com o modelo, apesar de não se tratar de um esportivo. O estilo interior é agradável. Só acho que a alavanca do freio de estacionamento fica um pouco baixo, mas isso é um problema menor. No geral, ponto para a Citroën.

Deixa que eu troco


Daniel Messeder
A versão automática do C3 Picasso, definitivamente, não me deixou boas lembranças. A falta de pique de conjunto mecânico para o peso dele aliada aos trancos da transmissão não fazem do modelo um carro memorável de dirigir. Mas passe a essa versão manual e as coisas melhoram bem. Pelo menos foi o que achei no breve contato entre a noite de terça e a manhã de quarta-feira.
Que falta um pouco de motor eu já sabia desde a primeira vez que dirigi o Aircross, irmão aventureiro do C3 Picasso. Num comparativo com o Idea Adventure (1.8 16V de 132 cv), era clara a maior disposição do Fiat nas saídas e retomadas. Mas se a comparação for entre as versões manual e automática do C3 Picasso, não tem nem o que pensar: manual na cabeça! A Citroën aprontou uma relação bem curta para a transmissão para favorecer a agilidade, a ponto de você poder jogar a 5a marcha a 50 km/h e acelerar que o carro responde. Isso ajuda na cidade, onde você não precisa ficar esgoelando o motor para que o Picasso ganhe velocidade.
O porém, como já dissemos outras vezes, aparece em velocidades mais elevadas, na estrada. Girar a 3.900 rpm em 5a marcha a 120 km/h é coisa pra carro 1.0… Pelo menos a Citroën foi caprichosa no isolamento acústico, e o resultado é que o ruído do motor não chega a incomodar, mesmo quando ele está berrando sob o capô. Mas o consumo vai para as alturas, como vocês viram no último post. O câmbio manual tem engates razoáveis (a alavanca poderia ficar um pouco mais à frente) e a embreagem é leve. No conjunto, é um carro melhor de dirigir que a versão automática.
Só para terminar a questão desempenho, o C3 Picasso manual fica no razoável. Não custa lembrar que rivais também com motores 1.6 16V, como Idea (117 cv) e Livina (108 cv), andam melhor que o Citroën. Ambos aceleram de 0 a 100 km/h em 11,9 segundos, contra 13,3 s do francês – todos testados por Autoesporte. Uma pena, pois, como carro no geral, o C3 Picasso tem tudo para deixar esses rivais para trás…
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Suspensão é boa; motor e câmbio ficam devendo


Fábio Amato
O design do Citroën C3 Picasso impressiona: teto alto, janelonas, ampla visibilidade. À primeira vista, é um carro bem bacana. Abro a porta e me deparo com um bom nível de acabamento. Merece nota 8, o que acho muito bom para o segmento. Aí aparecem os detalhes mais interessantes: rádio bem resolvido, com comandos no volante bem amigáveis. Digito um endereço no GPS e chego ao destino sem problemas. Poxa, um GPS que funciona bem?! Isso é coisa rara! A exibição das informações do rádio na tela central dão ao sistema a pinta de TV Empaire, dos anos 1950. Um mistura retrô-hi-tech que agrada.
Agora, hora de analisar a parte mecânica… A suspensão do C3 Picasso consegue um bom equilíbrio. Mesmo mais firme, ela permite que o carro rode macio. O modelo entra bem nas curvas, apoiado pelos bons pneus.
Já o câmbio e o motor deixaram um pouco a desejar. A transmissão fez com que eu me sentisse no comando de uma VW Kombi: os engates são distantes. O motor também poderia ser melhor. Suas respostas são lentas, o arranque é fraco. A gente pisa muito e ele anda pouco – está explicado porque ele é tão gastão! Termino o teste drive com vontade de conhecer o automático. Mas por tudo o que li aqui, acho que minhas impressões não iriam melhorar.
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C3 Picasso manual encara a pista


Renata Viana de Carvalho
Ontem o C3 Picasso manual viajou até Tatuí, no interior de São Paulo, para encarar a bateria de testes de Autoesporte. Ainda a caminho de nosso destino, a primeira impressão: o modelo parecia mais barulhento do que o automático. A suspeita foi confirmada: a 120 km/h o ruído interno chega a 71,2 dB ante 69,3 dB do irmão.
Antes ainda de acelerar o carro, nossa clássica parada para abastecimento e medição de consumo. O resultado praticamente não mudou em relação ao apresentado pela versão com transmissão automática: 8,1 km/l contra 8,0 km/l. A aceleração, em compensação, é melhor. O 0 a 100 km/h é completado em 13,3 s – o automático só cumpre a prova em 15 s.
Confira e compare os números de teste dos dois modelos e conte para nós: qual desses Citroën você escolheria?

Xsara Picasso ou C3 Picasso?


Bizuka Correa
Prestes a completar meu 11º ano a bordo de um Xsara Picasso (já foram quatro cores e modelos diferentes nesta década de fidelidade), experimentei o novo lançamento da Citroën, o C3 Picasso. Me impressionei com o design moderno e as utilidades que não tenho em meu carro – GPS, sensor de estacionamento e rádio com Bluetooth, entre outras tecnologias que equipam todos os veículos bacanas hoje em dia. Senti falta do velocímetro digital, ao qual já estou acostumada tanto no meu carro quanto no C3 da minha filha, que dirijo vez ou outra.
Apesar de ter bagagem para fundar um fã-clube do Xsara Picasso, não senti falta das dimensões desproporcionais do modelo. Por ser muito largo, até hoje não consegui aposentar nenhum dos quatro veículos da marca sem raspões nas portas ou uma marca de tinta na lateral. O C3 Picasso já tem proporções menores – ainda que não seja tão pequeno quanto um C3. A diferença faz falta para quem senta no banco de trás. Ao contrário do Xsara, em que os passageiros têm um espaço enorme, o novo modelo da Citroën tem apenas dois bancos laterais – o assento do meio parece um grande encosto para os braços, acho que não é mesmo para sentar. Além de ficarem mais apertados, os passageiros do C3 Picasso não contam com saída de ar-condicionado direcionada só para eles, como no meu carro. Para as viagens, o novo modelo ainda perde no porta-malas, muito menor que o do Xsara, mas maior que o do C3 hatch.
A maior diferença que senti foi a altura do carro, uma das razões por eu sempre pensar em comprar um carro menor e acabar comprando o Xsara. Sou baixinha – tenho 1,55 m – e sempre me senti muito bem no Xsara, que me deixa alta e melhora minha visibilidade. Em compensação, a direção do novo modelo me pareceu mais leve, semelhante a do C3. Senti maior segurança no freio, que achei mais potente. Ao invés de apertar até o fundo como no meu carro, no C3 Picasso bastou uma pisada leve para o veículo brecar. Quanto ao câmbio automático, não houve diferença entre os dois modelos. Como só dirigi no plano e não corro, também não senti diferença em termos de desempenho, apesar de a potência do motor do novo modelo ser menor que a do Xsara – o propulsor 1.6 do C3 Picasso gera 110 cv com gasolina, ante 138 cv do motor 2.0 do Xsara.

Para a proposta de ser um meio termo entre o C3 e o Xsara, acredito que o modelo serve perfeitamente. Perde em alguns sentidos para um e ganha em outros. Mas a Citroën garante sempre um bom carro e é por isso que minha família possui três deles: eu minha filha e minha irmã.
Conclusão: eu compraria.
Informações importantes:
O Xsara Picasso 2.0, como o da Bizuka, não é mais oferecido no site da Citroën. A versão com motor 1.6, com a mesma potência do C3 Picasso (110/ 113 cv), custa a partir de R$ 53.990.
Sobre o consumo do C3 Picasso manual:
Amanhã publicaremos os números de teste do modelo e os dados de consumo com etanol – isso porque nossas aferições na pista sempre são feitas com esse combustível. O consumo com gasolina começa a serm mensurado na quinta-feira.
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O acelerador por um botão


Diogo Oliveira
Na última sexta-feira (17) tive a chance de experimentar o C3 Picasso em trecho rodoviário. Um compromisso profissional no interior paulista me fez percorrer cerca de 160 km ao volante da minivan. E antes de sair da garagem da Autoesporte, já havia decidido o que testar na viagem: o controle de velocidade, item muito útil, principalmente nos trechos rodoviáriosm já que dispensa o uso do acelerador.
No C3 Picasso, assim como em outros Citroën e Peugeot, o controle de cruzeiro é manuseado por uma haste atrás do volante à esquerda. A peça tem o mesmo formato do controle de áudio, posicionado à direita. Para ligar o controlador, basta girar o botão central do tipo scroll (rolo) para baixo – para cima, liga-se o limitador de velocidade, que soa um alerta quando o limite estabelecido é ultrapassado. Enfim, com o piloto ligado, cravei a velocidade máxima da pista (120 km/h). A operação é bem simples. Na parte detrás da alavanca, há dois botões. É só apertar o de cima ao atingir a velocidade desejada.
Esses dois botões têm formato anatômico, com uma concavidade central que acompanha o formato dos dedos. Além de definir a velocidade, também se pode acelerar e reduzir (freio motor) por eles – a frenagem é feita pelo pedal normal. As informações (velocidade programada e símbolo do recurso) aparecem no relógio direito dos instrumentos, único que traz um visor de cristal líquido. E para retomar a velocidade programada, após uma frenagem qualquer, o motorista tem apenas que pressionar o botão da ponta externa da alavanca. É realmente fácil de usar.
O mais difícil no teste do controle de cruzeiro foi conviver com o ronco do motor 1.6 16V Flex. Na estrada, a 120 km/h fixos, o propulsor trabalha a quase 4 mil giros (3.900 rpm) – o câmbio manual tem escalonamento mais curto, para melhorar as arrancadas e retomadas do C3 Picasso no trânsito. Assim, o nível de ruído dentro da cabine aumenta sensivelmente. Mas é preciso elogiar o comportamento macio da suspensão e a ótima ergonomia. Se o barulho do motor incomodar, eu recomendo ligar o som, escolher uma boa trilha sonora e apreciar a paisagem pelo para-brisa panorâmico.

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Vazio, C3 Picasso é bom para a cidade


Carina Mazarotto
Não tive oportunidade de dirigir o C3 Picasso com câmbio automático, mas sei que as críticas à transmissão foram muitas por aqui. Com câmbio manual, o desempenho me agradou. O carro arranca fácil. Para quem roda na cidade (sem passageiros ou bagagens, como eu fiz), tudo vai bem, principalmente pela agilidade do carro em mudanças de faixa e ultrapassagens.
O C3 Picasso é um carro aconchegante: tem bom acabamento, é silencioso e roda macio. Mas ainda acho que a suspensão é dura demais para nossas ruas. Ao encontrar buracos, ele bate forte e faz um barulhão.
Dentro dele, estranhei a falta de porta-objetos. Entre os bancos, há apenas um, com acesso pouco prático, que fica escondido, ainda mais com os dois apoios de braço de motorista e passageiro. Também não dá para deixar chaves ou moedas na parte inferior central do painel, porque elas deslizam rapidinho. Optei por deixar algumas coisas no porta-objetos da porta, que causam uns barulhinhos chatos quando se está dirigindo.
Se para uma pessoa que viaja sozinha, o modelo da Citroën já fica devendo espaço para acomodar todas as bugigangas, imagine para uma família? Vocês também acham importante que um carro venha recheado de porta-trecos? E vale mais a quantidade ou a real utilidade deles?

É hora de “cambiar”!


Diogo de Oliveira
Após 20 dias de convívio intenso, o Citroën C3 Picasso segue na garagem de Autoesporte. Porém, a versão da vez (a “top” Exclusive) é equipada com a transmissão manual de cinco velocidades – no lugar da caixa automática de quatro marchas do antecessor. De bate-pronto, é possível afirmar que a configuração com câmbio manual promete entregar melhores números de desempenho e consumo que a automática – a comprovar numa visita futura à pista de testes de Tatuí (SP), agendada para a próxima semana.
Mas enquanto isso não acontece, vamos aos fatos principais. O C3 Picasso chegou às revendas brasileiras da Citroën no fim de maio passado (ainda não completou um mês cheio nas lojas). O monovolume compacto nada mais é que o aventureiro AirCross sem os penduricalhos do traje fora-de-estrada. A principal mudança é a saída do estepe, centralizado na tampa traseira. E a grande novidade no lançamento foi a oferta do câmbio automático sequencial de quatro marchas (que foi testado no blog nas últimas semanas).

A Citroën espera vender uma média de 1.000 unidades/ mês do C3 Picasso. E 60% desse volume será da versão intermediária GLX, que pode usar as duas transmissões. Contudo, é no modelo topo de linha Exclusive que estão as maiores sofisticações encontradas na minivan, como o moderno sistema de navegação por GPS “MyWay” (opcional). Algumas delas, porém, são restritas. No que diz respeito à segurança, por exemplo, somente a versão Exclusive traz de série airbags frontais – que são opcionais na versão GLX e não estão disponíveis na GL (em todos os casos, nos referimos à configuração manual). A topo de linha ainda pode ter airbags laterais dianteiros, vendidos à parte.
Outro detalhe do C3 Picasso mais caro são os muitos (e literalmente exclusivos) cromados. As maçanetas das portas e a carcaça dos espelhos retrovisores são banhados em cromo, assim como a ponteira da manopla do câmbio – feita inteira de metal. Destacam-se ainda os sensores de chuva e de luminosidade e o ar-condicionado digital. Mesmo o sensor de obstáculos traseiro é restrito à versão Exclusive. Aí o leitor pergunta: mas, afinal, o que o C3 Picasso GLX (intermediário) tem de série? Resumidamente, ar-condicionado, direção hidráulica, “trio” elétrico, rodas de liga leve de 16’’ e rádio/CD/MP3 com entrada auxiliar e comandos no volante. As (familiares) mesinhas do tipo aviação também vêm de fábrica.

Apesar de todas essas questões sobre o nível de equipamento de cada versão, o C3 Picasso é um carro que vai além do seu conteúdo (como vocês poderão conferir ao longo dos próximos 20 dias). A cabine oferece ótimo espaço interno para um carro compacto, com bom nível de conforto – sobretudo acústico. O acabamento, apesar de repleto de plásticos, transmite qualidade acima da média do segmento. E o motor 1.6 16V Flex (único disponível) é suficiente para empurrar o monovolume com seus 113 cv de potência e os 15,8 kgfm de torque, ambos com etanol. Agora, é uma questão de cambiar. E, cá entre nós, a transmissão manual deixa o C3 Picasso bem mais divertido de guiar.
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Alarmes histéricos



Marcus Vinicius Gasques
Manobrar com seu Citroën em uma garagem de prédio é certeza de que você não vai se machucar caso cometa a barbeiragem de acelerar contra uma coluna ou o carro do vizinho. Isso porque você deverá estar com seu cinto de segurança afivelado. Não existe opção de não estar: assim que o carro é posto em movimento, um alarme histérico começa a soar, lembrando que é preciso afivelar o cinto. Ainda que você esteja manobrando a 3 km/h em sua garagem.
O C3 Picasso é equipado com essa maravilha da paranóia da segurança. Uso cinto desde que ele era apenas abdominal, e não obrigatório. Talvez algumas pessoas ainda tenham de ser lembrados de sua importância e de afivelar a peça. Mas esses alarmes são neuróticos.

Ainda no tema barulho, lembre-se de verificar sempre se os engates do cinto de segurança do banco traseiros estão em sua posição mais inferior. Caso contrário, eles podem ficar batendo contra o acabamento de plástico das laterais, numa sinfonia insuportável.
A tela do GPS instalada no painel desse C3 Picasso é um grande avanço para a indústria local. Mas o sistema de alimentação de endereços é ruim de usar: você precisa girar um botão para selecionar as letras. As opções vão até sendo reduzidas, e a tela não oferece todas as letras conforme o sistema antecipa as próximas que você deve selecionar. Mas tenha tudo à mão e não demore para verificar a grafia de um nome, pois tudo desaparece e é preciso recomeçar. Bendito seja o touch screen.
Gostei muito do conjunto de faróis desse Citroën. Tem operação fácil e conta com lâmpadas regulares e auxiliares que iluminam com eficiência adiante e para as laterais, sem provocar ofuscamento de quem vem em sentido

Como as seguradoras te veem


Faixa etária, profissão e localização podem afetar o valor do seguro


ThinkStock
Idade, serviço, bairro onde mora e sexo: tudo influencia no preço do seguro
O convívio em sociedade nos diz que somos todos iguais perante a lei, mas perante as seguradoras não é bem assim. Basta preencher o “questionário de avaliação do risco” oferecido por elas para saber que, como se diz por aí, seu passado te condena, e seu presente também.

O questionário nada mais é do que o "delator", informando se você é um cliente que pode trazer riscos ou não. Muita gente já deve ter presenciado alguém reclamando ao preencher esses papéis ou até vivenciado a situação, mas não imagina que cada resposta é detalhadamente estudada pelas empresas. Idade, sexo, estado civil, modelo, ano e quilometragem do veículo, entre outras perguntas, ajudam a traçar o seu perfil. Segundo o diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Rodrigues Freitas, cada seguradora possui um padrão para avaliar o perfil do cliente.

Raquel Citelli
Raquel Citelli  hoje paga mais barato no seguro
A partir da avaliação que a seguradora faz, é possível calcular o valor do prêmio de seguro. De acordo com o membro da presidência da FenSeg, Mauricio Galian, “o sexo influencia, principalmente para os mais jovens”. O seguro para uma pessoa de 20 anos do sexo masculino é mais caro do que para uma do sexo feminino. “Isso acontece porque, supostamente, um jovem tem muito mais ansiedade para dirigir do que uma moça, mesmo que isso esteja mudando”, comenta Galian, que também é diretor da seguradora Mapfre. Segundo ele, o sexo diferencia clientes de todas as idades, mas após os 30 anos a diferença é menor. A idade também é prejudicial àqueles que possuem mais de 70 anos. O diretor-executivo da FenSeg afirma que esse tipo de dado tem base em estatísticas avaliadas pelas seguradoras.

O diretor da Porto Seguro, Marcelo Sebastião, explica que até a profissão pode afetar o valor do seguro. “Uma profissão nunca será prejudicial ao valor, mas algumas possuem descontos, como médico, servidor público e professor” conta. Além disso, ele diz que a localização influencia bastante na cotação. “Uma pessoa mais jovem que mora no Jardins (bairro nobre de São Paulo), por exemplo, pode pagar menos que uma pessoa de meia-idade que mora em uma região de alto índice de sinistros” diz.

Vittorio Venturini
Vittorio Venturini ainda arrisca andar sem seguro
Vantagens para uns, problemas para outros

Parece impossível circular por aí sem seguro nos dias de hoje, mas o estudante Vittorio Venturini preferiu arriscar ao invés de pagar um valor que não cabia no bolso. Ele adquiriu seu primeiro carro há dois anos. Na época, tinha 19 anos e iria usar o carro para ir até a faculdade, trabalho e também aos finais de semana. “Com o valor que economizei do seguro já poderia comprar outro carro”, afirma.

Já a tradutora Raquel Citelli teve sorte na hora da cotação. Fez o seguro do carro quando tinha 23 anos e nunca usou o carro para trabalhar e estudar, então o preço ficou a favor dela. “Com a idade, o seguro foi ficando mais barato. E também, antes de comprar o carro, pesquisei primeiro o valor do seguro para ver se valia a pena”, conta.

Aquela ajudinha
Outra estratégia em que as seguradoras apostam é oferecer serviços para todos os momentos do dia a dia do segurado. As mulheres viraram os principais alvos desses benefícios. O serviço chamado Auto Mulher da SulAmérica oferece assistências não só para o automóvel, mas também assistência residencial que inclui bombeiro hidráulico, eletricista, chaveiro e substituição de telhas.

Já o Auto Mulher da Porto Seguro oferece serviços que vão desde táxi para emergências, desconto na compra de cadeirinhas, leva-e-traz para a primeira revisão, serviço de instalação de quadros e cortinas, assistência de ar-condicionado... O diretor da Porto Seguro afirma que esses serviços residenciais estão tendo uma procura muito grande, principalmente de conserto de equipamentos de linha branca, onde eles oferecem a mão de obra e o segurado arca com os gastos de novas peças. A Mapfre oferece o serviço de quebra-galho para todos os perfis, com tarefas similares. “A maior procura é de mulheres e pessoas de mais idade”, afirma o diretor da seguradora.