
Na contramão das empresas brasileiras, que buscam alternativas para se tornar mais competitivas, a Chery inicia em julho a construção da primeira fábrica de automóveis chinesa no Brasil. O investimento será de US$ 400 milhões e elevará a operação local de mera importadora para produtora, com capacidade de 170 mil unidades em 2015.
Segundo o CEO da montadora chinesa no Brasil, Luís Curi, entrar no Brasil faz todo sentido para a companhia porque este é o quarto ou quinto maior mercado automobilístico do mundo. Além disso, há dificuldades de importação com barreiras a serem colocadas para evitar a entrada de produtos estrangeiros e o risco cambial.
“A empresa tem uma visão de ser global em curto espaço de tempo, e para alcançarmos esse objetivo é imprescindível estarmos aqui, no Brasil”, comentou.
O executivo aposta na melhora do cenário macroeconômico local para justificar os investimentos na produção local. De acordo com ele, a estratégia da Chery é de longo prazo, e nesse contexto, montar uma fábrica aqui é bom em razão do parque de fornecedoras mundiais de peças, como Visteon, Bosch, Delphi e Magneti Marelli, encontradas também na China.