De volta, Pedrosa fala em competir com dores e dosar energia na pista

Espanhol perdeu as últimas três provas em recuperação de fratura na
clavícula sofrida em acidente polêmico com Simoncelli no GP da França

Seis semanas e três corridas depois, o espanhol Dani Pedrosa retornou à MotoGP. Na pista de Mugello, nesta sexta-feira, o piloto da Honda HRC “reestreou” na principal categoria do automobilismo mundial após ter se recuperado de fratura na clavícula, sofrida em acidente com o polêmico italiano Marco Simoncelli no GP da França, em Le Mans. Desde então, Pedrosa perdeu as provas na Catalunha (em sua cidade natal, Barcelona), em Silverstone (Grã-Bretanha) e em Assen (Holanda). Para ele, é hora de competir com dores e dosar a energia enquanto estiver na pista.
Na volta, na primeira sessão, o espanhol ficou em sétimo lugar. No segundo treino, sob chuva, Pedrosa não foi à pista.

Dani Pedrosa ficou em sétimo lugar no primeiro treino em Mugello (Foto: Divulgação/MotoGP)

- É bom estar de volta à moto. Sinto dores, é claro, especialmente nas freadas mais duras e nas curvas para a direita, mas é normal. Tendo em conta que estive mês e meio sem tocar numa moto não estive mal de manhã. Sei que a corrida vai ser muito dura e vou sentir dores nas mudanças de direção, mas temos o dia todo de amanhã para trabalhar e espero ter uma boa posição no grid. As dores vão aumentar com o esforço, mas vou tentar me preparar durante os treinos com algum tratamento, descanso e fazer o maior número de voltas possível amanhã. Continuo otimista. Tive sorte esta tarde com a chuva porque me permitiu descansar um pouco mais. Sei que amanhã vai ser mais duro porque todos vão melhorar os seus tempos e terei de fazer um grande esforço – afirmou Dani Pedrosa.

saiba mais

• Veja vídeos de esportes a motor

O espanhol ressaltou que terá dificuldade extra pelo fato de competir apenas duas semanas após a última cirurgia para corrigir a fratura na clavícula.
- Será um desafio porque correr agora me exigirá muito fisicamente.
Alvo de boatos de que teria caído de bicicleta durante a recuperação, o que o teria forçado à segunda cirurgia, Pedrosa desmentiu:
- Estava fazendo fisioterapia e um pequeno pedaço de osso se soltou. Toda vez que fazia exercícios de fortalecimento, sentia dor por causa do osso solto. Dois dias depois, ainda sentia dores, fiz exames e os médicos decidiram que eu deveria passar por nova cirurgia.
O acidente em Le Mans foi oito meses após Pedrosa ter fraturado a clavícula num treino em Motegi.
- Nos últimos três meses, passei por três intervenções. Óbvio que não estou na melhor forma física possível. Só espero não ter mais nenhum tipo de lesão no futuro.
No sábado, os pilotos disputam o treino oficial para formação do grid, pela manhã (no horário brasileiro).
O SporTV e o SporTV HD transmitem o GP da Itália do Mundial de Motovelocidade ao vivo no domingo, às 6h (horário de Brasília), com narração de Guto Nejaim e comentários de Fausto Macieira.